Lula sabe que em 2026 o senado sofrerá uma renovação de dois terços das 81 vagas da Casa, ou seja, cada estado irá eleger dois senadores. Com isso, os planos da Direita é já entrar 2027 com o “pé na jaca” pra cima da esquerda, caso ela vença e, principalmente, para cima dos ministros do Supremo Tribunal Federal
Isso tem tirado o sono do petista. Para interlocutores mais próximos Lula não esconde que a tomada do Senado Federal pela direita em 2027 pode jogar por terra todos os planos traçados, caso a esquerda vença as eleições de 2026.
Nos bastidores do poder já se comenta que Jair Bolsonaro deverá mesmo transferir seu capital político a um dos membros da tropa de choque que tem sido fiel a ele durante toda essa jornada. O nome preferido é o de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), atual governador de São Paulo, mas outros nomes figuram como possibilidades a ser estudadas como Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (PR), Caiado (GO) e até mesmo Eduardo Bolsonaro, o filho 03 do ex-presidente, licenciado da Câmara dos Deputados e que está nos Estados Unidos.
A preocupação de Lula é tão grande que ele já deixou claro a seus aliados e membros do governo que o seu objetivo é a “Câmara alta do Congresso” e que para isso é capaz de propor a “troca de um governador por um senador”.
A turma de asseclas que acompanham Lula quer, na verdade, atrapalhar os planos de Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, cacique do Partido Liberal, que acreditam na força da direita brasileira em eleger uma maioria conservadora no Senado capaz de frear os desmandos do Supremo Tribunal Federal e, em especial, do ministro Alexandre de Moraes.
Diante de uma possível iminente derrota, que pode abrir a caixa de pandora da esquerda, Lula tem feito das tripas corações para que até ministros de seu governo abram mão de seus planos de concorrerem a governos estaduais para disputarem uma vaga no Senado.
O partido de Valdemar trabalha forte para 2026 com o objetivo de conseguir o maior número de cadeiras na Casa. Com isso, fatalmente teria como emplacar o presidente do Senado em 2027.
Que Lula continue articulando…pois não será fácil na atual conjuntura que vive o país.
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília