Quando o assunto é poder, na política atropelar aliados já se tornou algo rotineiro. É o que deve estar pensando Ibaneis Rocha neste momento sobre o senador Izalci Lucas (PL-DF)
Após o PL deixar bem claro quem são seus candidatos ao governo do Distrito Federal e às duas vagas ao senado pelo DF (Celina Leão, Ibaneis e Michelle Bolsonaro), o bastidores esquentaram e passamos a assistir a certas ilações politiqueiras que só tendem a prejudicar instituições solidificadas e a própria população de Brasília.
Durante anos dos governos do PT e do PSB, de Agnelo e Rollemberg, respectivamente, o Banco de Brasília – BRB, tomava as páginas policiais dos jornais de Brasília praticamente todos os dias. Veio Ibaneis Rocha em 2018 ao governo do DF e junto trouxe Paulo Hnrique Costa, então dono de um currículo invejável como administrador e gestor e funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal onde ocupava o cargo de vice-presidente de Clientes, Negócios e Transformação Digital da CEF, para ocupar a presidência do Banco. Paulo Henrique levou o BRB às alturas como Banco de Fomento e respeitado no cenário financeiro nacional.
No entanto, para surpresa do governo do Distrito Federal, eis que o senador Izalci Lucas (PL-DF), que deixou o PSDB para juntar-se aos projetos de governo do DF dizendo-se bolsonarista, anuncia que solicitará uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a intenção de aquisição de parte do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Detalhe: Não existem fatos concretos que exijam determinada atitude. A não ser que “intenção” já tenha se tornado crime, ao estilo pregado pela alta Corte Brasileira.
Ora, pelo que foi amplamente divulgado na mídia, inclusive nacional, a possível compra de parte das ações do Banco Master pelo BRB está em processo de avaliação pelo Banco Central, a quem caberá dar a palavra final. O que pretende Izalci com essa iniciativa que cheira a pura politicagem típica da esquerda?
Além disso, Brasília tem orgulho de seu banco estar entre os top 10 das maiores instituições financeiras do país, diferentemente do passado onde até diretores foram colocados atrás das grades pela Polícia Federal por atos de corrupção. Será que o senador esqueceu? “O banco é um patrimônio do povo de Brasília e tem um importante papel no desenvolvimento regional do Distrito Federal e Entorno, ou seja, da Região Metropolitana de Brasília”
Por sua história, Izalci não precisa desse tipo de comportamento onde pouco acrescentará em sua carreira política e poderá, aí sim, marcar negativamente seu legado. Ao agir dessa maneira, jogando contra o próprio time, o único ganho que de fato conseguirá é dar munição as ilações de Erika Kokay (PT) e Ricardo Cappelli (PSB), este último apadrinhado de Dino e Rollemberg.
Parodiando um deputado federal muito conhecido aqui no DF, “Izalci, respeita o povo!”
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília