Quem diria que antes mesmo de começar o período eleitoral Brasília fosse ser palco de mau exemplo de uma “possível” campanha eleitoral antecipada e fora de época
Pois é! E é exatamente isso que a imprensa, eleitores e redes sociais brasilienses estão escancarando em relação ao evento patrocinado pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, por conta de um evento realizado no último dia 11, no Clube do Choro, em comemoração ao seu aniversário.
Cappelli, conhecido por ter sido o interventor designado por Dino e Lula na Secretaria de Segurança Pública do DF, na época dos atos do 8 de janeiro, “sambarilovou” que queria governar Brasília, com as bênçãos do PSB do ex-governador Rodrigo Rollemberg.
E Cappelli traduziu isso em suas redes sociais, em um vídeo por ele próprio postado, de que se mudaria para o Sol Nascente, uma das maiores comunidades do Brasil no domingo (19/1) e que andaria de transporte público para “ouvir as pessoas”. Assista ao vídeo:
Passado quase 30 dias, parece que a distância de 39,5km entre o Sol Nascente e o Clube do Choro, no centro da capital federal, pesou na decisão prematura de Cappelli de se afastar do conforto.
Ao que pareceu, na dúvida de que a comunidade Sol Nascente não pudesse preencher as suas expectativas, resolveu utilizar o Clube do Choro como pretexto para comemorar o seu aniversário, patrocinando uma mega festa naquele que está sendo tratado nas redes sociais como o “Sambão do Cappelli”. Detalhe que no Sol Nascente tem espaços enormes capazes de patrocinarem eventos com muito mais número de pessoas.
Foram cerca de 1.500 convidados com direito a shows de artistas e distribuição de comes e bebes, a famosa “boca livre”, o que levantou “suspeitas” de que o evento tinha mais cara de campanha política antecipada, apesar de nenhum material explícito de campanha ter sido divulgado. Como todos sabem, Cappelli é declarado pré-candidato ao governo do Distrito Federal.
Até o momento, Ricardo Cappelli não se manifestou oficialmente sobre os questionamentos em torno do evento. Sua assessoria também não divulgou informações sobre os custos da festa ou a origem dos recursos utilizados para sua realização.
A expectativa agora é que órgãos responsáveis, como o Ministério Público Eleitoral (MPE), analisem o caso para verificar se há indícios de irregularidade. Se houver denúncias formais, uma investigação pode ser aberta para apurar se o evento violou as regras da pré-campanha e se houve abuso de poder econômico.
Caso seja comprovado o financiamento irregular ou o uso de recursos públicos, Cappelli poderá enfrentar sanções como multas e até mesmo a inelegibilidade.
Ao que tudo indica, muitas explicações ainda são aguardadas para que de o “Sambão do Cappelli” não se transforme no “Samba do Crioulo Doido”!