O Ministério Público Federal do DF instaurou inquérito civil público para investigar a falta de transparência de atos da Presidência da República.
Entre os pontos que serão alvo da investigação do procurador Paulo José Rocha Junior, estão, por exemplo, os motivos pelos quais o governo Lula omitiu informações sobre a quantidade de assessores da primeira-dama Janja e por quais motivos o Palácio decretou sigilo de 100 anos sobre a visita dos filhos do presidente Lula ao Palácio do Planalto.
A investigação também vai buscar informações sobre dados do uso do helicóptero presidencial e gastos com a alimentação do presidente da República no Palácio da Alvorada.
“As questões versadas nos autos ainda demandam diligências para a formação do convencimento ministerial acerca das medidas a serem eventualmente adotadas”, informa a portaria relacionada à abertura do inquérito.
O gabinete de Janja
Ainda que não ocupe um cargo no governo, nem tenha recebido um único voto, Janja ocupa um gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos metros do de Lula.
Ela também mantém uma equipe de pelo menos 12 pessoas.
Sigilo
Enquanto a primeira-dama faz de tudo para estar nos holofotes, o Palácio do Planalto se esforça para esconder informações da agenda da esposa de Lula.
O Globo informou na segunda-feira, 27, ter solicitado mais uma vez à Presidência da República a agenda de compromissos de Janja, “com a descrição dos eventos e o inteiro teor digitalizado de atas das reuniões que contaram com a sua participação”.
O pedido, contudo, foi negado pela Casa Civil, forçando o jornal a entrar com recurso.
A mesma dificuldade de acesso sobre a agenda da primeira-dama tem sido enfrentada pela ONG Fiquem Sabendo, especializada no acesso a informações públicas.
Em março e abril de 2024, a organização pediu ao governo a agenda detalhada de compromissos e reuniões da esposa de Lula, mas a solicitação, assim como a de O Globo, também foi negada.
Fonte: O antagonista