Ao contrário do que pensa o presidente Lula e os esquerdistas de plantão, o projeto de lei sobre a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro poderá ser discutido no Congresso Nacional ano que vem
Essa pode ser uma possibilidade após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confidenciar a interlocutores. Isso foi entendido peal esquerda como um confronto de Lira a Lula e ao mesmo tempo um aceno do presidente da Câmara a Jair Bolsonaro.
Embora tenha prometido resolver o impasse ainda durante seu mandato, Lira não avançou ainda na tramitação da matéria, que atualmente está fora da pauta.
Apesar de em outubro ele ter retirado o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e anunciar a criação de uma comissão especial para tratar do tema, a não formalização das indicações de representantes partidários para compor o colegiado pode ser uma jogada para Lira ter Lula nas mãos e também preparar seu sucessor para as eleições de fevereiro que escolherá o novo presidente da Câmara.
Com o recesso parlamentar começando na próxima segunda-feira (23), a Câmara deve retomar suas atividades apenas em fevereiro, mês marcado pela eleição das presidências da Câmara e do Senado. Parlamentares avaliam que o debate sobre a anistia será transferido ao sucessor de Lira, com enfoque para a possível candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB).
Lira tem afirmado que temas como a anistia exigem amplo diálogo e não devem ser tratados “no calor do momento”. O projeto contraria o PT e peita o presidente Lula, em visto aceno ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na última semana antes do recesso, a Câmara concentrou esforços na pauta econômica, incluindo a regulamentação da reforma tributária e medidas do pacote de contenção de gastos, deixando outras matérias em segundo plano.
Da redação com informações Conexão Política