Romário declarou voto em Eduardo Paes (PSD). Ele estava em silêncio até esta semana, quando revelou que apoia o atual prefeito da cidade e favorito à reeleição durante entrevista ao jornal O Globo.
Bolsonaro indicou o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Trata-se de uma escolha pessoal do ex-presidente porque o Rio de Janeiro é seu berço político.
As pesquisas mostram vantagem de Paes. O Instituto Atlas aponta Paes na liderança, com 45,8% das intenções de voto, enquanto Ramagem está em segundo lugar, com 32,3%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Romário não quis se manifestar sobre o assunto. “Não vamos comentar”, respondeu a assessoria do senador após pedido de posicionamento do UOL.
Rusga antiga
O mal-estar entre Romário e Bolsonaro é antigo. O senador não escondeu a mágoa com a atitude do ex-presidente durante as eleições de 2022.
No dia da votação, Bolsonaro foi quem declarou apoio a um candidato de outro partido. O então presidente disse que iria votar em Daniel Silveira, nome do PTB ao Senado.
Havia só uma vaga disponível. Romário tinha no horizonte uma vitória tranquila até a atitude de Bolsonaro. Ele conseguiu se eleger, ainda que com margem bem menor que a esperada. Ficou com 29,19% dos votos, diante de 21,20% de Daniel Silveira.
PL irritado
Presidente do PL no Rio de Janeiro, o deputado Altineu Côrtes afirmou que Romário comete infidelidade partidária. Ele acrescentou que o senador deveria apoiar o candidato do partido e chamou a atitude do senador de “inadmissível”.
De acordo com Altineu, a situação de Romário deve ser discutida internamente. O presidente do PL no Rio falou que o diretório estadual e a Executiva Nacional examinarão qual medida será tomada. Ramagem é aliado pessoal de Bolsonaro e é investigado por posições que demonstram fidelidade ao ex-presidente.
Romário tem histórico de não apoiar nomes do partido. Ele estava no Podemos em 2020, quando o diretório municipal resolveu aderir à chapa de reeleição de Marcelo Crivella (Republicanos).
UOL