Já que os oficiais generais da ativa tem sido omissos nas críticas e discussões sobre a previdência dos militares, o general da reserva e ex-chefe do Estado Maior do Exército abriu o bico
Para o general Fernando José Sant’ana Soares e Silva o que estão fazendo é um verdadeiro “desmonte” com o único objetivo de acabar com as Foças Armadas e o primeiro passo está sendo a proposta de reforma da previdência.
Na concepção do general e, provavelmente, de todos os outros pares que já estão na reserva o assunto está sendo discutido sem conhecimento e profundidade que o tema exige, apresentando dados mentirosos e sem levarem em conta as peculiaridades da profissão militar.
“Acho que o assunto está sendo tratado sem a profundidade necessária, dados mentirosos e sem levar em consideração as características diferentes da profissão militar. Se quiserem acabar com as Forças Armadas, um bom passo é essa reforma da Previdência”, declarou o general.
O general Fernando Soares foi para a reserva em abril passado, por tempo de serviço, sendo sucedido pelo general Richard Nunes que na visão dos generais está assistindo o massacre das FFAA por políticos calado.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu a proposta de reforma para conter os gastos do governo Lula. Em 2023, o rombo da previdência dos militares foi de R$ 49,7 bilhões, com despesas de R$ 58,8 bilhões e arrecadação de apenas R$ 9,1 bilhões, cobrindo 15,47% do valor total com contribuições.
Comparativamente, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) registrou um deficit de R$ 315,7 bilhões no mesmo ano, com 65% das despesas financiadas pelos contribuintes, totalizando R$ 904,7 bilhões em gastos e R$ 589 bilhões em arrecadação.
Da redação com informações Poder 360 graus