Policiais e Professores se manifestam no interior de Minas e categorias prometem ‘radicalização’ caso reajuste de 3,62% não seja ampliado para 10,67%. Os servidores da segurança e educação acompanharam a votação em 1º turno no projeto de lei que concede 3,62% de reajuste
Servidores do estado de Minas Gerais lotaram as galerias do plenário da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (29), para acompanhar a votação do projeto de lei enviado pelo governador Romeu Zema (Novo), que prevê reajuste geral de 3,62%. A categoria reivindica um aumento desse reajuste para 10,67%, o que representa a inflação de 2022 (5,79%) e 2023 (4,62%), uma sobre a outra.
Enquanto na capital os servidores lotaram o legislativo do estado, no interior policiais civis, militares e penais se reuniram em diversas manifestações com críticas ao governador Zema e promessas de greve. Foram registrados protestos em Montes Claros, Uberlândia, São João de Rei, Juiz de Fora e Ipatinga.
O projeto de lei enviado pelo Estado, batizado pela categoria como “projeto de migalhas”, foi aprovado com 54 votos a favor e nenhum contrário em primeiro turno. A oposição tentou emplacar emendas autorizativas que permitiriam que o governo aumentasse o índice de reajuste, mas, no momento de votar as emendas, parte da base se retirou do plenário e a reunião foi encerrada por falta de quórum. A expectativa é que a tramitação em 1º turno continue na próxima segunda-feira (3), em reunião extraordinária, para votar as emendas.
“É uma frustração geral. Na próxima semana, se realmente esse percentual passar aqui na Assembleia, temos um indicativo de uma radicalização. E hoje a estrita legalidade já está acontecendo nos quartéis e delegacias. O policial militar já tirou o pé do acelerador e pode haver, sim, uma paralisação generalizada na segurança pública”, declarou o sargento Marco Antônio Bahia, vice-presidente da Aspra, associação que representa os policiais militares.
Após votação no plenário, os servidores da educação também se reúnem na tarde desta quarta-feira (29) para decidir sobre um indicativo de greve.
Com informações O Tempo