Na reunião da ‘Mesa Nacional de Negociação Permanente’ (MNNP) com os servidores públicos do Executivo federal, realizada na tarde de quarta-feira (28/2), o governo Lula informou que aguardará a arrecadação extra deste ano antes de definir o reajuste para 2024. Até o momento, a contraproposta da categoria, que demanda pelo menos 7% de aumento, foi rejeitada.
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijó, que lidera as negociações com os servidores, comunicou sobre a necessidade de mais tempo para decisão.
Em resposta, os sindicatos afirmaram que, sem o aumento salarial neste ano, não haverá acordo e as mobilizações dos servidores serão intensificadas. Categorias como a dos servidores do Banco Central (BC) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) têm realizado paralisações para pressionar o governo, podendo até deflagrar uma greve geral.
“O governo rejeitou nossa contraproposta. Nós rejeitamos a proposta do governo. O impasse persiste e vamos intensificar nossa luta”, declarou o presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, após a reunião.
Anteriormente, em uma entrevista exclusiva ao Metrópoles em 25 de janeiro, a ministra da Gestão, Esther Dweck, havia adiantado a possibilidade de conceder o reajuste ainda neste ano, dependendo do aumento na arrecadação federal, a ser confirmado em 22 de março com a divulgação do primeiro Relatório Bimestral de Receitas e Despesas de 2024.
A ministra explicou que a ampliação das despesas para o reajuste só será viável se não houver bloqueio de verbas para atingir a meta de déficit fiscal zero. “Ainda temos o desafio de alcançar a meta para, então, ter essa sobra”, ressaltou.
Com informações Direita Online