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Escolha de Dino muda jogo em São Luís

A provável nomeação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF) deve mexer na correlação de forças políticas do Maranhão, estado dele, e gerar impactos diretos nas eleições municipais do ano que vem, inclusive em São Luís.

Ao tomar posse na Corte, Dino terá que deixar o papel de articulador e de cabo eleitoral, funções que vinha exercendo para tentar eleger o deputado federal Duarte Júnior (PSB), seu correligionário, a prefeito da capital.

Na principal cidade maranhense, a eleição deve repetir cenário de 2020, quando o atual prefeito Eduardo Braide (PSD) enfrentou Duarte Júnior no segundo turno. Na ocasião, o atual chefe do Executivo municipal ficou com 55,53% dos votos válidos. Atualmente, os dois despontam como favoritos em pesquisas locais. Com receio de ser derrotado novamente, o deputado tem tentado construir uma frente ampla: já conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e almeja ainda o aval do governador do estado e sucessor de Dino, Carlos Brandão (PSB), a quem se refere como “amigo pessoal”.

Apesar de ser do mesmo partido que Duarte Junior, Brandão não sinalizou apoio a ele nem a nenhum outro pré-candidato. A razão é que o grupo político do governador quase não enfrenta oposição no estado.

Brandão afirmou que deve ficar neutro nas eleições para evitar fissuras em sua base na Assembleia Legislativa. “Existe a possibilidade de que eu não participe da eleição. Na maioria dos municípios, eu tenho os grupos políticos ao meu lado. Então, será que vale a pena? Dos 42 deputados estaduais, 42 me apoiam. Então para que eu vou entrar em uma briga dessa? Prefiro fazer parceria com aqueles que ganharem”.

Apesar de não ter confirmado o apoio a Duarte Junior, a imagem de Brandão está estampada em quase todos os banners da pré-campanha até agora, inclusive no convite para o evento de lançamento do nome do deputado para prefeito de São Luís. Brandão estava lá ao lado de Dino; apesar disso, nenhum dos dois foi à solenidade, em 27 de setembro.

O governo federal, por sua vez, estava representado pelos ministros Márcio França (Empreendedorismo) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). A expectativa é pela presença de Lula no palanque, já que há um acordo para que o PT indique o vice da chapa, culmine na adesão da federação PT-PV-PCdoB. Enquanto isso, o parlamentar busca o diálogo com partidos da direita, como PL e PP, e centro, como o MDB.

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