Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, será ouvido na terça-feira
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro marcou para a próxima terça-feira, 26 de setembro, o depoimento do general Augusto Heleno, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante todo o governo Bolsonaro.
O depoimento de Heleno será acompanhado por uma reunião deliberativa da CPI, na qual serão votados requerimentos de convocação, quebra de sigilo e outras medidas.
O presidente da CPI, Arthur Maia, já avisou que colocará os requerimentos em votação, mesmo sem acordo entre a base do governo Lula e a oposição sobre quais serão aprovados.
Essa decisão significa que o cerco a militares que tiveram cargos de destaque sob Bolsonaro pode se intensificar. Além de Heleno, já está previsto para 5 de outubro o depoimento do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa. Parlamentares governistas também querem convocar o general Paulo Sérgio Nogueira, atual ministro da Defesa.
As convocações de militares são motivadas por declarações que o ex-assessor do Palácio do Planalto Mauro Cid teria feito à Polícia Federal como parte de um acordo de delação premiada. Segundo Cid, Bolsonaro e militares de alta patente teriam planejado um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.
A base de apoio a Lula também quer convocar um financiador dos atos golpistas e um participante da chamada milícia digital bolsonarista. No entanto, como a CPI deve encerrar seus trabalhos na semana depois do feriado de 12 de outubro, pode faltar tempo para ouvir todos os convocados.
Da redação