Na terça-feira, 27, é a vez do ex-subchefe do Estado Maior do Exército Brasileiro, coronel Jean Lawand Júnior, prestar depoimento ao colegiado
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro ouve nesta segunda-feira, 26, a partir das 14 horas, o depoimento do ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal (DF), coronel Jorge Eduardo Naime, sobre a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, em 12 de dezembro de 2022.
Naime será ouvido pelos integrantes do colegiado na condição de testemunha, ou seja, é obrigado a falar a verdade e pode, inclusive, ser preso se mentir. O ex-chefe da PM do DF está preventivamente preso desde 7 de fevereiro, alvo da quinta fase da Operação Lesa Pátria. Ele é um dos policiais investigados pela conduta no dia 8 de Janeiro.
Como mostrou a Jovem Pan neste domingo, 25, a defesa de Naime pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não seja obrigado a prestar depoimento à CPMI do 8 de Janeiro. Os advogados que o representam protocolaram um habeas corpus na Corte pedindo que o militar possa ficar em silêncio, caso decida comparecer, e ser assistido pelos representantes. “Inequívoca a condição na qual Naime será ouvido na CPMI, é devido ao paciente o direito ao silêncio durante a sessão, respaldado na garantia constitucional da não autoincriminação”, diz um trecho do pedido, que será relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Além de Naime, a CPMI do 8 de Janeiro ouve, porém, na terça-feira, 27, às 9 horas, o ex-subchefe do Estado Maior do Exército Brasileiro, coronel Jean Lawand Júnior. O militar aparece em mensagens periciadas pela PF, no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. Nas conversas, Lawand Júnior pede “pelo amor de Deus” que algo fosse feito em relação ao resultado das eleições de 2022.
Com informações JPan