Localizado na parte superior da passagem subterrânea, o espaço foi montado para eternizar a construção, homenageando o atleta que dá nome à obra, bem como quem colocou a mão na massa
Recém-inaugurado, o Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, conta com um espaço de homenagens. Localizado na parte superior, no boulevard, o memorial celebra Edson Arantes do Nascimento, jogador brasileiro que dá nome ao túnel, e os trabalhadores que atuaram na construção da obra viária.
O memorial do Túnel Rei Pelé é composto por quatro elementos: uma escultura do jogador santista, uma placa de aço carbono com o nome da obra viária, e duas estruturas de alvenaria pintadas de preto.
Os dois grandes quadrados receberão o nome de 750 servidores que participaram, de alguma forma, da construção da obra viária.
A homenagem aos trabalhadores será feita em aço carbono, com a cor ainda por definir. Os nomes estarão marcados em quatro placas com 1,50 m de altura e 60 cm de largura.
Escultura do Pelé
“Fiz alguns estudos e decidi que queria fazer uma coisa que fugisse do busto ou de uma estátua padrão de uma praça. Queria algo mais contemporâneo e tecnológico até para conversar com o túnel, que tem o que há de melhor em tecnologia e engenharia”Omar Franco, escultor
O grande destaque do espaço é a obra que celebra Pelé, criação do escultor radicado em Taguatinga Omar Franco. A escultura foi confeccionada em 60 dias em três chapas de aço, sendo uma de carbono e as outras em aço inoxidável. São 2,7 metros de altura por 1,25 metros de largura, com 500 kg de peso.
“É uma escultura do tamanho do peso do Pelé. Escolhi esse material por ser definitivo. Estará intacto nos próximos 50 anos, não sofrerá consequência do tempo. É para perpetuar o túnel e o rei Pelé”, comenta o autor Omar Franco.
A obra trata-se de releitura de uma fotografia de Pelé em sua juventude com uma estrutura vazada, o que cria um efeito óptico tridimensional devido à passagem da luz solar. “Fiz alguns estudos e decidi que queria fazer uma coisa que fugisse do busto ou de uma estátua padrão de uma praça. Queria algo mais contemporâneo e tecnológico até para conversar com o túnel, que tem o que há de melhor em tecnologia e engenharia”, destaca.
A peça foi feita após um convite do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do secretário de Obras e Infraestrutura, Luciano Carvalho, devido à relação de Franco com a cidade. Mineiro de nascença, o artista mudou-se para Taguatinga em 1969.
“Acho que o memorial humaniza mais o centro urbano. Mostra que o túnel atende os motoristas, dando mais fluidez ao trânsito, e devolve essa região para a população. Todo mundo ganhou: o motorista e a população. Esse foi o maior presente que Taguatinga poderia ganhar”, definiu.
Outras esculturas do artista fazem parte do cenário urbano de Brasília, podendo ser encontradas nos setores comerciais e bancários da cidade, na W3 Norte, em shoppings, praças e prédios.
Agência Brasília