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CPI dos Atos Antidemocráticos se reúne com Alexandre de Moraes

Em visita realizada por deputados membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos ao o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a comissão conseguiu que sejam compartilhados dados não sigilosos apurados no âmbito de inquéritos do STF sobre os ataques aos poderes.

O encontro ocorreu na manhã desta quarta-feira no prédio do TSE e foi bem avaliado pelos parlamentares, que tiveram a companhia do presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB). “A reunião atingiu seu objetivo. Os deputados saem daqui com uma carga de informações extremamente relevantes e com certeza vão contribuir bastante para o trabalho da CPI”, disse Wellington.

Além do presidente da CLDF, participaram da reunião os deputados Chico Vigilante (PT), presidente, Hermeto (MDB), relator, Paula Belmonte (Cidadania), Fábio Félix (PSOL), Gabriel Magno (PT), Thiago Manzoni (PL), Pastor Daniel de Castro (PP) e Joaquim Roriz Neto (PL).

“A reunião foi excelente. Viemos falar sobre a importância que tem essa CPI. Dissemos para ele [ministro Alexandre de Moraes] da necessidade de compartilhamento de dados já investigados pelo STF com a CPI. O que puder ser compartilhado, vai ser compartilhado. O que for segredo absoluto não será compartilhado. O ministro está agindo com muito rigor e pelo que ele deixou transparecer nesta audiência ainda tem muita coisa a acontecer nos próximos dias, mais prisões, mais investigações, mais coisa vai acontecer”, afirmou o deputado Chico Vigilante.

O parlamentar disse ainda que a CPI vai insistir em ouvir o ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres. “Nós falamos da oitiva do Anderson Torres. O ministro infelizmente não pode obrigar ele a comparecer para falar. Ele só vai falar se quiser, mas nós vamos insistir até conseguir que ele compareça para falar”, garantiu.

“Eu indaguei ao ministro, na linha que estamos seguindo como relator, se aquele famigerado acampamento foi o local onde foram idealizados todos os atos do dia 8 e do 12. Estou cada vez mais convicto e o ministro repartiu conosco e também acha que o acampamento foi a mola-mestra para que acontecesse isso. Também indaguei ao ministro porque praticamente houve um conflito entre as forças de segurança da PM com o exército para poder tirar aquele acampamento. Acho que a CPI ganhou muito com essa visita e o meu relatório começou a ter um direcionamento. É muito importante alcançarmos também os financiadores. O ministro até dividiu em patamares, os financiadores pequenos, os grandes e o núcleo que organizou tudo. A investigação está muito profunda”, contou o relator da CPI, deputado Hermeto.

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