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Não se governa um país com sede de vingança, diz Estadão, sobre Lula

Jornal fez críticas ao presidente e ao PT

Editorial do jornal O Estado de S. Paulo publicado nesta terça-feira, 21, afirmou que o presidente Lula “governa com o fígado”. No texto, a publicação critica uma resolução da legenda “eivada de ressentimentos e mentiras” que, entre outros tópicos, classifica o impeachment de Dilma Rousseff como “golpe”.

“Quem lê aquele documento sai com a nítida impressão de que o Brasil tem uma dívida praticamente impagável com os petistas, sobretudo com a sra. Dilma Rousseff e com o presidente Lula da Silva”, diz o editorial. “O único objetivo parece ser reescrever a história recente do país para lavar a alma da militância depois de uma série de reveses políticos e judiciais sofridos.”

Adiante, o Estadão observa que o PT vive em um “universo paralelo” ao sustentar a tese segundo a qual antes do processo de destituição da petista o Brasil vivia paz social e prosperidade econômica. “O partido, nessa visão mendaz da história, teria sido vítima de ‘falsas denúncias’ de corrupção à época dos escândalos do mensalão e do petrolão”, exemplificou o jornal, no editorial.

“Petistas fanáticos jamais aceitariam o fato, de resto incontestável, de que o impeachment de Dilma foi conduzido estritamente segundo a Constituição — salvo quando, em seu desfecho, preservou os direitos políticos de Dilma em vez de cassá-los, numa maracutaia típica daqueles tempos esquisitos”, constatou o Estadão. “Os fiéis da seita lulopetista igualmente ofendem-se quando se demonstram os inúmeros crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro cometidos pela patota.”

Por fim, o Estadão diz que os “ressentimentos de Lula da Silva e a sede de vingança que parece animar as lideranças petistas são genuínos ou nada mais que tática para manter a militância mobilizada a despeito de certas decisões impopulares que o governo logo terá de tomar, pouco importa”. “O fato é que não é assim que se governa um país”, disse o jornal, ao defender uma reaproximação de Lula com a “frente ampla” que o elegeu.

Fonte: R.O

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