Oficiais terão cada vez menos espaço no governo federal
Revista Oeste
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda colocar diplomatas no lugar de quatro militares como ajudantes de ordens. Tradicionalmente, esse posto é ocupado por jovens oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica tidos como promissores.
No governo Fernando Henrique Cardoso, quem ocupava o cargo era o atual comandante do Comando Militar do Sudeste, Tomás Ribeiro. O ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo exerceu a função junto a Fernando Collor.
O ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro era o tenente-coronel do Exército Mauro Cid. Ele foi dispensado pelo governo Lula nesta quinta-feira, 5. Segundo o jornal O Globo, o entorno do presidente quer fazer uma reformulação no gabinete presidencial, excluindo os militares de algumas funções. A intenção é pedir ao Itamaraty para designar jovens diplomatas para a função.
Lula não confia nos militares
No dia 1º, quando tomou posse, Lula subiu a rampa escoltado pela Polícia Federal. Os militares ficaram com a proteção periférica do evento. Lula não se sente seguro na presença dos militares. Ele afirma a aliados que a instituição está aparelhada. “Foi tomada pelo ‘bolsonarismo’”, diz.
Nenhum petista se sente confortável com os militares. Prova disso é que Dilma Rousseff também extinguiu o GSI durante o tempo em que esteve à frente da presidência da República. Michel Temer, ao assumir, recriou o gabinete.