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Treinador de vôlei é preso suspeito de estupro e assédio de adolescentes em SC, diz jornal

O treinador André Testa é bastante conhecido e já foi até árbitro de linha de voleibol nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016

O treinador e árbitro de voleibol André Testa foi preso nesta quinta-feira, 4, segundo reportagem exclusiva da NSC. De acordo com o veículo, a prisão ocorreu após ex-atletas o denunciarem por estupro de vulnerável e assédio sexual. Alguns crimes que a polícia investiga teriam ocorrido em 2017, quando as vítimas tinham 15 anos.

A denúncia chegou a NSC há 10 dias. Período em que, em trabalho conjunto, o repórter Juan Todescatt e a equipe da NSC TV foram a campo e apuraram todas as informações.

O repórter ouviu ao menos cinco testemunhas. Uma delas, hoje, maior de idade, relatou ao veículo que o treinador o levou para casa dele e lá passou a mão nele. O jovem contou que na época não tinha malícia e não estava entendendo a situação, até porque confiava muito em Testa. “Era uma pessoa muito persuasiva sabe, ele ganha muito a tua confiança e acabou abusando de mim”, disse ao jornal.

Outro ex-atleta descreveu ter vivido uma situação semelhante. Segundo esse outro rapaz, o treinador o levou a um restaurante, comprou bebida alcoólica e insistiu diversas vezes para que ele bebesse. O ex-atleta conta que ficou bêbado e quando eles foram para o carro, achou que iriam para a “casa atleta” dormir, mas não foi o que ocorreu.

“Só que aí ele tomou um rumo diferente. Ele foi para o motel. Só que eu só tenho um flash de memória, não tenho memória completa por conta de estar muito, muito bêbado. Não consegui resistir fisicamente. Ele só me levou para tomar um banho, me botou na cama pelado e me estuprou”, disse o rapaz a equipe da NSC.

Um terceiro atleta de Testa disse ao veículo que ele fazia “umas brincadeirinhas sexuais como se fosse bem íntimo, passava a mão nos jogadores e os deixava sem jeito, sem reação”.

Ainda de acordo com o jornal, o pai de um atleta contou que ouviu boatos sobre casos mais antigos e decidiu se aproximar dos adolescentes, quando descobriu mais relatos em que menores de idade, de outra geração, também foram abusados pelo mesmo treinador.

Um dos abusos teria ocorrido em uma “casa atleta”, local usado para abrigar jovens de outras cidades e estados. Em um trecho de uma conversa de mensagens trocadas entre duas vítimas adolescentes, uma delas diz que não denunciou o treinador para não prejudicar o time e não destruir o sonho de outros jovens.

André Testa estava treinando a Associação Desportiva e Cultural Terra Firme, que representa o município de São José em competições estaduais e recebe verbas públicas da prefeitura da cidade. O treinador é bastante conhecido e já foi até árbitro de linha de voleibol nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

Testa foi preso nesta quinta por policiais da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de São José. O Terra tenta localizar a defesa dele.

Para a NSC, a Prefeitura de São José informou que já tinha afastado preventivamente o treinador de todas as atividades quando soube das denúncias. Já a Associação Terra Firme informou que não concorda com nenhum tipo de assédio, físico, moral ou sexual, e que prontamente afastou o professor para que as investigações fossem feitas sem qualquer interferência.

O veículo também solicitou posicionamento à Confederação Brasileira de Volêi, que afirmou ter determinado à Federação Catarinense de Voleibol o afastamento imediato de André Testa de suas funções, além de suspender seu registro na entidade, até que os fatos sejam devidamente apurados. A CBV reiterou para a NSC que repudia qualquer tipo de assédio.

Terra.com

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