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Fred pedala no Maracanã, é eternizado e se declara ao Flu: ‘O clube mais humano’

Este foi apenas o início do roteiro que sucedeu a última partida profissional do centroavante de 38 anos, agora eternizado na calçada da fama

Fred não marcou um gol na sua despedida dos gramados, durante a vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, mas foi às redes após o apito final. Ele subiu na bicicleta que ficou exposta atrás de um dos gols do Maracanã, deu uma volta olímpica com um bandeira do Fluminense sobre os ombros e concluiu o caminho cruzando a linha entre as traves até tocar a rede, a qual balançou enquanto sorria para os torcedores eufóricos. Este foi apenas o início do roteiro que sucedeu a última partida profissional do centroavante de 38 anos, agora eternizado na calçada da fama do lendário estádio carioca.

“Eu prometi que não ia chorar. No outro sábado eu já chorei demais”, disse o agora ex-jogador, assim que o jogo terminou, lembrando a vitória por 4 a 0 sobre o Corinthians, na qual fez o último e 199º gol de sua carreira. Se marcasse nesta noite, portanto, seria o gol número 200, mas o detalhe numérico não fez nenhuma diferença. A atmosfera já estava pronta desde o início.

“Eu consegui expressar um pouco dessa gratidão pelo que esse clube fez por mim, a torcida fez por mim. Tenho certeza que é o clube mais humano que conheci na minha vida. Por isso, nossos laços se estreitaram tanto. Não esperava isso tudo. Acho que não sou merecedor disso tudo.O que eles fizeram pra mim é impagável. É uma dívida eterna. Não tem como eu pagar. Só quero agradecer a todos”, completou.

Depois do passeio de bicicleta, feito em referência ao trajeto que ele fez de Belo Horizonte ao Rio quando voltou ao Fluminense, Fred e os demais presentes no Maracanã ouviram o pianista Arthur Moreira Lima interpretar o hino tricolor. No gramado, estavam expostas as taças do Brasileirão (2010 e 2012), do Carioca (2012 e 2022), Primeira Liga (2016), Taça Guanabara (2012) e Taça Rio (2020) conquistadas por ele durante suas passagens pelo clube das Laranjeiras. O passo seguinte foi na calçada da fama do Maracanã. De pés descalços, deixou suas pegadas no molde que será instalado ao lado das marcas de nomes como Pelé, Garrincha, Marta, Rivellino, Ronaldinho Gaúcho, Romário, entre outros.

De uma estrutura montada no gramado, o artilheiro acompanhou, ao lado da família, uma série de vídeos com depoimentos de companheiros, familiares e personalidades do futebol. Ele também ouviu o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, pedir sua continuidade no dia a dia do clube, exercendo algum cargo internamente. “Preciso pegar um tempo ali com a patroa para fazer os trigêmeos, viajar com eles, curtir um pouco a minha família. Mas meu coração vai estar sempre ligado aqui. Quando eu receber a convocação, eu vou estar de volta”, respondeu Fred.

Bittencourt também falou de um novo projeto criado pelo clube para valorizar jogadores aposentados e disse que o centroavante vai estrear o modelo. “Esta semana eu apresentei o projeto, e o Fluminense será o primeiro clube do Brasil a ter um auxílio aos ex-jogadores de futebol que vestiram a camisa e foram campeões: A FLU LEGENDS. E o Fred receberá a camisa 01, será o primeiro FLU LEGEND”.

Ao pegar o microfone para falar com os mais de 60 mil torcedores presentes no Maracanã, Fred se emocionou. Lembrou momentos da carreira, até os mais difíceis, como o drama da derrota por 7 a 1 para Alemanha na Copa do Mundo de 2014, ocasião na qual foi muito criticado. Segundo ele, só foi possível superar o trauma por causa do Fluminense. “Em 2014, acho que foi o momento emocional mais difícil da minha vida. Todo mundo falou que estava acabado, menos vocês. Vocês eram o suficiente para mim”.

Fred se despede do Fluminense com 376 jogos disputados e 199 gols, o último na vitória diante do Corinthians por 4 a 0. Além dos títulos que colecionou, ainda foi essencial no “Time de Guerreiros”, responsável por impedir um rebaixamento que era dado como certo no ano de 2009. Revelado pelo América-MG, também é ídolo de Cruzeiro e Lyon, da França. Jogou também pelo Atlético-MG, sendo campeão por onde passou. Pela seleção brasileira, disputou duas Copas do Mundo (2006 e 2014) e conquistou uma Copa América (2007), uma Copa das Confederações (2013) e dois Superclássicos das Américas (2011 e 2012).

JBr

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