- PUBLICIDADE -

Reguffe usa o Instagran para anunciar que vem pré-candidato ao Buriti

O anúncio encerra uma das maiores interrogações das eleições de 2022 na capital e pode mexer na dança das cadeiras de pré-candidaturas de muitos partidos, que aguardavam o posicionamento do senador para definir suas chapas

Previsto para as 15 horas, o anuncio veio alguns minutos antes do divulgado pelo próprio Reguffe ontem (23) em suas redes sociais e, principalmente, após o governador Ibaneis Rocha, pré-candidato à reeleição e líder absoluto, ter anunciado pela manhã desta sexta-feira (24), medidas urgentes (MUTIRÃO) para diminuir as filas das cirurgias eletivas nos hospitais públicos do Distrito Federal.

Para isso, Ibaneis determinou o lançamento de um edital na próxima semana direcionado aos hospitais da rede privada que serão contratados para o mutirão. A justificativa do governador é que a medida será essencial para reduzir a fila de espera por cirurgias, que aumentou durante a pandemia de Covid-19.

Amargando a preferência popular na corrida ao Palácio do Buriti com uma diferença de mais de 12 pontos percentuais para o atual líder das pesquisas e candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB), a ideia de Reguffe (União Brasil) era utilizar o fator Saúde como a bandeira de sua campanha ao GDF.

“Serei candidato. Disputarei as eleições para tentar representar e governar você com a dignidade que você merece”, afirmou o senador em vídeo previamente gravado e publicado em seu perfil no Instagram.

Reguffe destacou as dificuldades que a capital enfrenta na Saúde, e também falou em preparar o DF para depender menos do serviço público. “Precisamos de um governo que seja marcado, antes de qualquer coisa, por cuidar das pessoas, por melhorar a qualidade dos serviços públicos na Saúde, na Educação, na Segurança”, disse.

O senador também garantiu que, se eleito, governará o DF por um único mandato, “para que tenha um governo de quatro anos que una a cidade, que faça dar certo”.

Reguffe enrolou até onde pode para anunciar sua disposição, como sempre fez em todas as suas investidas parlamentares. Mas dessa vez o senador dormiu no ponto e, num discurso quase que imploratório, acabou perdendo a oportunidade de utilizar a saúde como bandeira de sua campanha para o piauiense, que pela manhã adotou uma atitude drástica e essencial contra o maior calo no pé de todos os governadores que já sentaram na cadeira nº 1 do Buriti, a Saúde Pública.

Nos bastidores

O parlamentar era visto até então como nome viável para o Buriti e para o Senado. Nas pesquisas, aparecia como o nome mais forte na disputa pelo governo do DF depois do governador Ibaneis Rocha (MDB). Mesmo filiado a um partido de direita, ele tem trânsito entre as legendas do campo progressista na capital.

Reguffe tem conversado com o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), por exemplo, que articula uma posição vantajosa para Rafael Parente, o pré-candidato do PSB na disputa. Recentemente, o senador também foi cotado para compor uma chapa com o Cidadania, tendo a deputada federal Paula Belmonte como pré-candidata a vice.

Reação de adversários

Mesmo antes de Reguffe declarar que disputaria a cadeira do Buriti, os diálogos com outras legendas provocaram reações de adversários. Uma dessas reações foi a proposta do presidente do PSDB, Bruno Araújo, para o colegiado nacional da federação do partido com o Cidadania, para nomear Izalci (PSDB-DF) coordenador das legendas.

A medida dá poderes para que Izalci defina a chapa dos dois partidos no DF e eventuais coligações. A jogada ocorre porque uma chapa que una Reguffe e Paula Belmonte atrapalharia os planos de Izalci de disputar as eleições para o Buriti. Como coordenador, o tucano dificulta essa união.

A proposta será votada em 7 de julho, mas o colegiado federal, composto de 15 tucanos e quatro membros do Cidadania, deverá garantir a primazia do tucano no DF e a submissão dos colegas do Cidadania a suas decisões.

Nas pesquisas

A pesquisa Real Time Big Data encomendada pela Record TV e divulgada em 8 de junho mostra Reguffe em terceiro lugar. O levantamento considera a presença do ex-governador José Roberto Arruda (PL) no pleito.

Em um dos cenários, Ibaneis aparece com 28%, seguido de José Roberto Arruda (PL), com 17%, e o senador com 16%. Arruda ainda não conseguiu se desvencilhar das condenações por improbidade administrativa e permanece inelegível.

Na pesquisa espontânea do instituto, Reguffe volta para o segundo lugar, com 5% das intenções de voto. Ibaneis aparece em primeiro com 14%, Arruda vem em terceiro com 3%, seguido por Leila Barros (PDT), com 2% e Leandro Grass (PV), com 1%.

Da redação com informações R7.com

- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- PUBLICIDADE -