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Mais de 430 mil alunos são contemplados com melhorias na rede pública de ensino do DF

Ações do GDF buscam reformar unidades já presentes na região, construir novas escolas para ampliar o acesso à educação e contratar novos professores e orientadores

Até junho deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu quase R$ 3 bilhões para melhorar a educação na capital, envolvendo a entrega de 209 novas salas de aula, a ampliação da rede pública de ensino com 20 mil novas vagas e a contratação 2.300 professores e orientadores. De acordo com a Secretaria de Educação (SEE), a capital dispõe de 686 escolas públicas e conta com mais de 430 mil alunos matriculados nas unidades.

Somado às iniciativas e incluso neste orçamento, o governo anunciou o investimento de R$ 91 milhões para que dez novas escolas atendam quase 9 mil alunos da rede pública. A previsão é que as obras perdurem até 2023. A lista inclui as primeiras unidades públicas do bairro Jardins Mangueiral e a reconstrução de três escolas em Samambaia.

A intenção é que o valor seja ainda maior, visto que no mês passado, a SEE deu início ao programa Gabinete Itinerante. O intuito da ação é levar os subsecretários para dentro das regionais de ensino, local onde eles poderão trabalhar em soluções para as questões levantadas junto com os respectivos coordenadores de cada região.

Em março, as escolas públicas do Distrito Federal foram beneficiadas com mais de R$ 20,3 milhões do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), provenientes de emendas parlamentares. A intenção é que o dinheiro auxilie nas melhorias das instituições de ensino.

“Os recursos são muito importantes para as escolas porque podemos fazer investimentos tanto na parte estrutural, onde fazemos pequenos reparos e melhorias, quanto na compra de equipamentos, como projetores e computadores. O nosso objetivo com esses recursos é o retorno pedagógico”, comenta Mariana Ayres da Fonseca Neta, coordenadora regional de ensino do Recanto das Emas.

Acesso às escolas

Para que as crianças e adolescentes possam ter acesso à educação, o GDF garante o transporte escolar para os estudantes da rede pública. O ônibus é oferecido para alunos que não possuem acesso regular à locomoção e para trajetos superiores a 2 km. Além disso, estudantes com deficiência também são contemplados com a iniciativa.

Estima-se que os veículos rodam quase 5,2 milhões de quilômetros por ano para atender 51.168 alunos. Caleby de Oliveira, que cursa o terceiro ano do Ensino Fundamental na Escola Classe 204 Sul, possui aulas regulares pela manhã e tem acesso ao transporte. Na parte da tarde, o estudante vai para a Escola Parque 210/211 Sul. “Eu acho o ônibus escolar ótimo; nossos pais não precisam levar a gente de uma escola para outra”, comenta.

Para ser contemplado pelo auxílio, os pais ou responsáveis de estudantes de escolas públicas devem procurar a secretaria escolar da unidade para solicitar a inclusão do aluno.

Cuidado com a saúde

Além de promover o ensino, mais uma medida foi implementada pensando no bem-estar da população na adolescência. Por meio do programa Estilo de Vida, a Secretaria de Juventude e o Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) prevê realizar, até o fim do ano, 13,5 mil atendimentos com serviços relacionados aos cinco sentidos da vida.

(foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília)

A ação tem o objetivo de promover aos estudantes de dez escolas públicas do DF ações de odontologia, oftalmologia e fonoaudiologia, além de oficinas de culinária e palestras de promoção à saúde. Os alunos têm a oportunidade de passar por todos os serviços.

“Essa parceria que traz atendimentos especializados para dentro da escola é maravilhosa. Estamos felizes pela chegada do projeto no CEM 01 e torcendo para a expansão dele para as demais escolas”, celebra Luciana Pontes, coordenadora da Regional de Ensino de São Sebastião.

Além de receber atividades de impacto positivo, as escolas também são ambientes capazes de fornecer suporte para quem precisa. Por meio do apoio na rede pública de ensino do DF, as 14 coordenações regionais de ensino da SEE possuem escolas que ofertam atividades da Educação Precoce.

O programa de atendimento educacional especializado é voltado para crianças de até três anos e 11 meses que fazem parte de grupos de risco, prematuras, com deficiência, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com sinais de precocidade para altas habilidades ou superdotação. Atualmente, 3.100 bebês e crianças são atendidos pela rede.

Miguel de Jesus, que nasceu prematuro, frequenta o programa no Centro de Ensino Especial 1 de Sobradinho. A mãe, Edjane Maria de Jesus, celebra o seu desenvolvimento. “Eu já percebi muita diferença no comportamento dele em pouco tempo. Ficou mais sociável e com melhor desenvolvimento. O atendimento e o ambiente são 100%”, diz.

Com o alto investimento para trazer qualidade de vida e melhorias no ensino público, o GDF buscou ampliar o auxílio às escolas para que a população pudesse ser amparada com reformas, construções e contratações. De acordo com o governo, a educação é prioridade, com o foco em oferecer ambientes totalmente reformados e humanizados.

CB

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