Com a doença controlada, astro do Los Angeles Lakers e do Dream Team dos EUA conta que recebeu suporte da esposa e da família desde que descobriu doença em 1991
Os anos se passam e Magic Johnson segue vencendo o seu maior adversário: o HIV. Aos 60 anos, o astro do Los Angeles Lakers e do Dream Team dos Estados Unidos falou um pouco sobre a carreira e vida pessoal em evento virtual realizado nesta sexta-feira, contando que os cuidados com a saúde e o apoio da família o fizeram chegar até aqui. Diagnosticado com o vírus da AIDS em 1991, o ex-jogador revelou que, desde que descobriu a doença, ele se comprometeu a ser o “rosto do HIV” no mundo, cedendo a sua imagem à causa.
– HIV mudou minha vida. Em 1991, as pessoas consideravam a doença uma sentença de morte. A minha esposa e minha família foram o meu maior suporte, sem eles eu não estaria aqui hoje. Eu estava devassado. Mas depois de um tempo, fui ao médico e perguntei como poderia ter uma vida longa. Ele me disse três coisas: me conformar com a doença, tomar a medicação corretamente e cuidar do meu corpo. Eu fiz tudo isso e deu certo – disse Magic no painel A magia de vencer da Expert 2020, um dos principais eventos de investimentos do mundo.
Presidente de uma fundação que leva o seu nome e cuja a finalidade é ajudar no combate ao HIV, Johnson destacou que o preconceito contra soropositivos foi um dos maiores adversários a serem enfrentados nestas quase três décadas de ativismo.
– Todos estes anos eu luto contra o preconceito, busca arrecadar dinheiro para ajudar as pessoas doentes, sobretudo as que não podem pagar por seus medicamentos. Busco encorajá-los, motivá-los, ter uma atitude positiva. Não só para pessoas contaminadas por HIV, mas também com as minorias nos EUA, uma vez que a doença está crescendo entre os negros e os mais pobres no país – frisou.
Christian Laettner, Charles Barkley, Lary Bird e Magic Johnson em jogo do Dream Team em Barcelona — Foto: Andrew D. Bernstein/NBAE via Getty Images
No painel, Magic Johnson também falou sobre basquete. Segundo o ex-jogador, o Dream Team (Time dos Sonhos) dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992 só deu certo graças ao respeito mútuo entre todas as estrelas, a maioria com perfil de liderança.
– O Dream Team tinha tantos líderes, tantos jogadores de sucesso. Acho que a chave para vencer foi todas ignorarem seus egos. Várias estrelas querendo ganhar para o mesmo time. No primeiro dia de treino, Michael Jordan havia sido escolhido como capitão pelo treinador, mas ele disse que não, que era melhor que eu ou Larry Bird fosse o capitão. Quando ele falou isso, soubemos que o ego havia ficada para trás e não importava quantos pontos cada um iria fazer ou quantos minutos iria jogar, estávamos focados em ganhar a medalha de ouro – concluiu Magic, que descreveu-se com uma pessoa obsessiva por vitórias.
Fonte: Globoesporte.com